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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ORVALHO

Os pensamentos são agora uma nuvem de pó que vai caindo lentamente no chão à espera de vida.
Misturam-se com pétalas de rosas, sorridentes e frescas num tapete onde o coração se abandona.
E respiro o cheiro das flores que se mistura com orvalho da alegria...
Vai-se construindo um jardim dentro de mim ...assim... com raios ausentes do sol que se escondem num dia cinzento. Porque a mente também cria realidades que amenizam teias imprevisíveis em molduras de telas abstractas...
...E deixo cair o pó no meu chão e o sol na minha alma...
...Deixo cair o orvalho fresco nas flores das minhas mãos caladas ...
...E vou deixar banhar-me em pétalas de rosas, envolvendo-me no seu aroma...
...E vou deixar que a vida me sinta e me vá chamando, porque amanhã é outro espaço...
...Não quero, não vou deixar vencer-me pelo cansaço!
Agora...quero ficar aqui...
...No tapete que teci!..

5 comentários:

HC disse...

No cansaço do tapete que foi tecido, para acolher o orvalho dos dias cinzentos que cairá no chão reflectindo os pensamentos em pó feitos...e que banhará as pétalas coloridas em que repousarão dias vindouros

manuela barroso disse...

...e assim se tecem os dias de Primavera
E hoje...não é o que ontem era!

HC disse...

...e a primavera será o amanhã...

mfc disse...

Um lindo tapete tecido com mestria.

Beatriz Bragança disse...

Querida Manelinha
Que belo e confortável deve ser esse tapete,«onde o coração se abandona»!
Sentimentos onde reina a poesia,por mais pó que tente rodeá-los!
Parabéns por um texto tão agradável de se ler!
Bom fim de semana.
Um beijinho
Beatriz